Jacira Jacinto da Silva

Presidente de CEPA - Associação Espírita Internacional

Caríssimos companheiros,

Antes de tudo, quero registrar meus sinceros agradecimentos aos integrantes da Equipe de Comunicação, representada por Argentinos, Brasileiros, Porto-riquenhos, Venezuelanos e Espanhóis, pelo esforço que têm

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Yolanda Clavijo Blas

Sem ser uma novidade, pretendo com este artigo compartilhar um conjunto de informações e pesquisas apresentadas com maior amplitude no XXIV Congresso da Associação Espírita Internacional CEPA, realizado em Porto Rico, que nos levaram a ter a certeza de que cada uma das vivências, histórias particulares ou coletivas, são o produto de criações mentais próprias de cada indivíduo.

Para confirmar o exposto, o Dr. Joe Dispenza em um de seus trabalhos cita: 95% do que somos é um conjunto de comportamentos memorizados, respostas emocionais, crenças e percepções que são automáticas, hábitos inconscientes, atitudes programadas; agimos como um programa de computador, criando nossa realidade existencial.

Cada vez mais, cientistas relacionados à física quântica, biologia celular, epigenética, neurociência, psicologia, entre outros, junto com pesquisadores espíritas, vêm demonstrando em seus estudos a influência direta e criadora do ser humano, de suas emoções e pensamentos, na própria realidade existencial. Desde doenças, carências, conflitos, relacionamentos, tragédias ou, em sentido positivo, plenitude, felicidade, abundância, saúde e sucesso, tudo se traduz em programas mentais, estruturas provenientes de experiências vividas, ensinamentos, traumas, onde cada indivíduo é responsável pela sua criação de acordo com seu nível evolutivo.

Quer dizer que é o nosso próprio espírito o autor e programador de cada vivência experimentada?

Com o surgimento da física quântica, seus pesquisadores descobriram que quem mede ou observa as partículas infinitesimais do átomo afeta o comportamento da energia e da matéria. Os experimentos demonstraram que os elétrons existem como uma infinidade de possibilidades ou probabilidades em um campo invisível de energia. Mas apenas quando o observador fixa sua atenção em uma localização do elétron, este aparece. Em última análise, uma partícula não pode se manifestar na realidade, isto é, no espaço-tempo tal como o conhecemos, até ser observada.

A física quântica chama esse fenômeno de “colapso da função de onda” ou efeito do observador.

No nível subatômico, a energia responde à sua atenção e se transforma em matéria. Como mudaria nossa vida se aprendêssemos a direcionar o efeito do observador e colapsar infinitas ondas de probabilidade na realidade que escolhemos? Seríamos melhores observadores da vida que desejamos viver.

Os espíritas falam de construções mentais ou formas de pensamento, como imagens que criamos em nosso campo psíquico e que se geram por associação de ideias. Evidenciam o magnetismo espiritual de seu criador e ganham vida em nossas mentes com durabilidade conforme a intensidade e a frequência da mentalização. Assim, insistimos no poder criador e libertador ou patológico e destrutivo de cada situação que experimentamos.

A esse respeito, o Dr. Gilson Luiz Roberto cita: é na alma que encontraremos as causas profundas de nossos desequilíbrios, a partir de criações mentais que nos são próprias.

O pensamento (emoção) é um fenômeno que ocorre simultaneamente no nível do subsistema do corpo e dos processos mentais. Aquilo que, no nível dos sentimentos, é medo, raiva, dor, tristeza, alegria, estresse, se expressa através de modificações nas funções motoras, hormonais e circulatórias. Isso significa, literalmente, que através dessa tríade criamos uma realidade material, em alguns casos uma doença, em outros, uma situação de conflito, mas da mesma forma pode ser revertida.

O modelo em que os pensamentos são vistos como carga elétrica e os sentimentos como carga eletromagnética indica que os primeiros enviam um sinal elétrico ao campo, e nossos sentimentos atraem magneticamente situações na vida. A união do que pensamos e sentimos produz um estado de ser que gera uma marca eletromagnética, influenciando cada átomo de nosso mundo. Esse fato nos faz questionar: o que estou transmitindo (consciente ou inconscientemente) na vida cotidiana? Todas as experiências existem como impressões eletromagnéticas no campo quântico. Há uma infinidade de possíveis marcas eletromagnéticas de genialidade, riqueza, liberdade e saúde, que já existem no padrão de frequência de energia.

Para experimentar uma mudança, observemos um novo resultado com uma nova mente. Nossa rotina cotidiana e os pensamentos e sentimentos de sempre perpetuam o mesmo estado de ser, criando as mesmas condutas e a mesma realidade. Se queremos mudar algum aspecto de nossa realidade, precisamos pensar, sentir e agir de novas formas. Do ponto de vista quântico, devemos criar um estado distinto de ser como observador e gerar uma nova marca eletromagnética, fazendo com que a realidade que queremos materializar coincida com a que existe no campo como uma possibilidade eletromagnética. A mudança na mente e nas emoções mudará a energia. Se desejamos um novo resultado, devemos abandonar o hábito de ser sempre o mesmo e nos reinventar.

No caminho do autoconhecimento, rumo à liberdade do espírito, o ser humano, como um padrão comum e através de experiências próprias, comprovou que um conjunto de ferramentas, terapias e técnicas nos conduz a desaprender o aprendido, a revisar cada uma de nossas interpretações resultantes de crenças estruturadas e a viver cada existência em três tempos iguais, rompendo os limites da realidade objetiva e gerando felicidade com base em valores superiores como perdão, gratidão, paz e amor incondicional.


Alexandre Cardia Machado

Membro do Conselho Fiscal da CEPA. Presidente
do ICKS – Instituto Cultural Kardecista de Santos.

Resolvemos fazer algo diferente para esta coluna “A Palavra da CEPA”, optando por entrevistar o novo presidente da CEPA. Na conversa, José Arroyo nos disse que gostaria de passar a chamar esta comunicação de “Desde CEPA”, “A Palavra da CEPA” passa um tom muito autoritário.

José Arroyo – Saudações Alexandre,

Primeiramente, obrigado pela oportunidade de responder essas perguntas para construir uma mensagem que possa ser facilmente lida, estudada e que nos permita comunicar com clareza o que temos feito ou o que faremos, da CEPA – Associação Espírita Internacional.

Alexandre – Quais as suas primeiras impressões ao ser presidente da CEPA? Um coletivo internacional.

José Arroyo – A primeira coisa que posso expressar é que ter sido escolhido para chefiar os planos da CEPA constitui uma honra e uma responsabilidade que levamos muito a sério, como tudo o que fazemos por amor e gratidão ao Espiritismo.

Ouso dizer, sem medo de exagero, que estamos sobre ombros de gigantes. Mulheres e homens de estatura construíram algo que hoje assume uma forma diferente, em sintonia com os tempos, com a maturidade das ideias e com os estilos de interação que nos caracterizam.

Um olhar histórico sobre a trajetória, execução e alcance da CEPA durante estes últimos 78 anos evoca um sentimento de compromisso que nos ativa e motiva. Mas além do institucional, a visão panorâmica acompanhada de conversas adequadas com as pessoas que se nutrem do que a CEPA oferece, pode inspirar e reforçar a vontade de fazer mais. Refiro-me, por exemplo, às pessoas que confessam ter alcançado uma sensação de liberdade, de respirar amplamente, de se permitirem pensar e discordar, ao mesmo tempo que conseguem ser ouvidas e respeitadas, participando em atividades ou aproximando-se da CEPA; em contraste com grupos onde reinava uma intenção unificadora que neutralizava suas aspirações, pensamentos ou ideias que poderiam ser interpretadas como erradas ou incorretas.

Na CEPA, às vezes alcançamos pessoas que, de outra forma, estariam desinteressadas pelo Espiritismo ou ficariam frustradas com o que ele oferece, porque o que encontram não atende às suas necessidades de análise, estudos, debate e diálogo aberto e franco. É claro que o perfil laico, livre-pensador e humanista do Espiritismo, tal como representado pela CEPA, não é necessariamente o que todo espírita procura, mas é isso que nos permite encontrar aquelas pessoas com ideias semelhantes que precisam vivenciar o Espiritismo como Kardec provavelmente pretendia que fosse: uma filosofia espírita de consequências morais, que se alimentava da ciência e que a escutava para interpretar o mundo e o universo a partir da cosmovisão do Espírito.

Apresentar esta perspectiva, de forma organizada, em diferentes países, regiões, culturas e línguas, é um desafio em si. Porém, tenho a sorte de contar com uma equipe de pessoas dignas de admiração e que sabem transformar uma visão e missão em ação. Isso nos encoraja imensamente e também percebemos solidariedade e apoio sincero, honesto e transparente.

Alexandre – Quais inovações você pensa em implementar?

José Arroyo – Para já estamos a rever todo o maravilhoso trabalho herdado e a familiarizar os novos membros das diferentes equipes ou comissões com o que foi feito e precisamos manter. É verdade que também temos trabalhado para identificar algumas atividades ou iniciativas que poderiam ser realizadas de uma forma diferente e que oportunamente informaremos ao mundo inteiro.

Também utilizaremos as redes sociais, páginas ou canais da CEPA para poder divulgar o que fazemos, o que somos e o que não somos e não fazemos, de forma dinâmica, respeitosa, ampla e divertida. Isto nos permitirá servir nossas organizações afiliadas como um “Hub” ou espaço central a partir do qual, se alguém nos perguntar sobre grupos, reuniões, cursos ou workshops em seu país ou região, poderemos orientá-los a se comunicarem com um de nossos grupos Cepeanos. Por outro lado, é importante divulgar conteúdos Cepeanos atuais sobre o Espiritismo. Portanto, esta será a cola que unirá as nossas atividades de comunicação.

Alexandre – Após 3 meses de mandato é possível identificar as dificuldades e com base nisso traçar planos de trabalho?

José Arroyo - Estes últimos 3 meses, que se reduzem a 2 meses devido à nossa convalescença com COVID no final da celebração do maravilhoso 24º Congresso que tivemos em Porto Rico, foram para traçar estratégias e planos, recrutar pessoas e identificar ou mover recursos.

É inegável que uma organização com alcance internacional tem desafios únicos ou singulares. Alguns desses desafios incluem:

- Comunicar de forma eficaz tudo o que acontece no mundo da CEPA, que conta com contribuições de várias regiões do mundo.

- Divulgar as iniciativas que podemos desenvolver para apoiar as regiões e grupos, coletivos ou indivíduos da CEPA, permitindo-nos levar uma mensagem coerente em vários idiomas e superando limitações culturais.

- Quando se justificar e houver consenso majoritário, exprimirmo-nos com prudência e sensibilidade relativamente à linha tênue que por vezes separa o apoio aos Direitos Humanos do compromisso dos indivíduos com políticas/líderes ou pseudo líderes partidários, que polarizam estratégica e maquiavelicamente, sem cair nas redes da intolerância.

- A CEPA tem um perfil altruísta, como toda organização espírita deveria ter, mas os recursos financeiros estão em situação desigual em relação a tudo o que gostaríamos de fazer. Portanto, faremos o melhor que pudermos administrando as arrecadações ou doações recebidas com sabedoria, respeito e sucesso.

- Temos recursos humanos de altíssima qualidade e um sentido de compromisso com os nossos ideais que é evidente. Constatei que na CEPA não falta boa vontade, trabalho constante em cada região e criatividade para continuar desenvolvendo uma projeção atual, contemporânea e atual do Espiritismo para a sociedade em geral. Mas precisamos de mais mãos voluntárias, digitalmente qualificadas e atualizadas no uso da tecnologia para promover os nossos objetivos.

Como mencionei, estes são alguns desafios que temos pela frente e já existem ações em torno deles, que serão consolidadas e observadas ao longo dos próximos meses. Caminharemos devagar, mas com segurança. Daremos passos ágeis, mas sólidos. Não hesitaremos em aprender com os nossos erros e ouvir a voz amiga.

Além disso, essa gestão administrativa estará sempre aberta à voz e à inspiração dos Bons Espíritos, que sem dúvida sempre estiveram presentes.

Alexandre – Qual a mensagem otimista que o senhor quer passar aos espíritas livres?

José Arroyo – De norte a sul e de leste a oeste, sem falar de países ou grupos específicos e deixando de mencionar alguém, sentimo-nos acompanhados, apoiados e com grandes expectativas de liderar este grande grupo de pessoas e grupos empenhados.

Recebemos muitas lições boas da nossa ex-presidente Jacira Jacinto da Silva, então tínhamos um bom modelo a seguir. Também nos sentimos acompanhados pelos ex-presidentes da CEPA e isso é vital para nós.

Se eu encerrasse esta entrevista com uma mensagem otimista aos livres-pensadores que nos leem, seria essa: Não se escreveu a última palavra sobre o Espiritismo, mas apenas as primeiras. Agora, no alvorecer do século XXI, temos uma responsabilidade para com as próximas gerações de buscadores da verdade, de caminhantes espirituais, de espíritas insatisfeitos com os movimentos religiosos, de espíritas que raciocinam e questionam suposições, e para com todas as pessoas que não sabem que elas existem. um grupo alteritário, inclusivo, humanista e progressista com uma visão laica em relação às ideias espiritualistas.

Temos convicção de que o Espiritismo é de Kardec e nossa referência primeira é Kardec, apresentando suas ideias, preocupações e propostas à luz da contemporaneidade; Sabemos que podemos, sem medo ou timidez, observar Jesus como modelo de mediunidade e psiquismo equilibrado pela compaixão e solidariedade de quem vive o que prega; reconhecemos que é um dever com honestidade, ética e verticalidade olhar para a sociedade atual, para além dos fatores económicos, políticos ou culturais, para lhes oferecer uma vida alternativa transbordante de espiritualidade, cheia de amor e sólida nos seus princípios. Para muitas pessoas, outros podem ser os caminhos que atendem a essas expectativas, para nós esse caminho se chama Espiritismo, sem sobrenomes, e faremos o possível para comunicá-lo, expressá-lo e exemplificá-lo.

Essa é a nossa proposta como coletivo, da CEPA, e é também a minha proposta como indivíduo, que assim como você, sou Espírito Espírita.


Dante López

Ex-Presidente da CEPA (2008/2016)

Ex-Presidente da CEPA (2008/2016)

É uma alegria imensa escrever este artigo para destacar a extraordinária experiência que vivemos no último mês de maio, na formosa Ilha de Porto Rico, onde compartilhamos dias inesquecíveis durante o 24º Congresso da CEPA.

Em meio ao calor e a eficiência dos anfitriões foram se sucedendo dias de enriquecedoras vivências. Conhecimentos novos relacionam-se com aqueles que foram reafirmados com o aporte de novas investigações.

O primeiro dia do Congresso começou com um presente dos anfitriões previamente preparado: um passeio pela Geografia e a Cultura Porto-riquenha. Compartilhamos uma viagem coletiva à cidade de Cabo Rojo. Ali pudemos visitar a centenária Instituição Espírita “Amor ao Bem”, onde fomos recebidos por sua Diretora Ana Troche e tivemos oportunidade de saudar nosso velho amigo Flavio Acarón, além de verificar o reconhecimento que mereceram ganhar os Espíritas de Cabo Rojo na Sociedade Civil da Ilha.

A partir do segundo dia, o elenco de oradores, coordenados magistralmente pela Comissão Organizadora, foi aportando aos assistentes presenciais e virtuais uma combinação de temas onde prevaleceu a atualidade da análise de temáticas transcendentais. O Espiritismo ratificou sua vigência, sendo reafirmada por todos e cada um dos expositores, embora também se observasse a maneira em que, seguindo as bases kardecianas, é permeado pela evolução do conhecimento humano.

Desde a primeira exposição de Yolanda Clavijo, que nos comoveu com sua experiência pessoal e suas conclusões baseadas na realidade da vida, pudemos ver a importância do enfoque da CEPA: Um Conhecimento Espírita livre-pensador, laico, sistemático, progressista e aberto a outros conhecimentos que o enriquecem e complementam. Deixando o auditório com a sensibilidade à flor da pele, Yolanda abriu as portas para temas tão variados e comovedores como a Educação, a Solidariedade posta em ação e os aportes da Ciência aos novos paradigmas da Espiritualidade.

Mais tarde, foram se sucedendo a apresentação de livros sobre Evolução e sua permanente mudança de paradigmas, assim coo a reafirmação da Palingenesia como método indispensável ao progresso do Espírito.

Percebeu-se um clima muito especial, obviamente criado por nossos amigos de Porto Rico, onde se sucederam mostras de afeto, presentes, música, alegria, combinados com os aportes intelectuais dos oradores no rumo da Atualização do Espiritismo como Filosofia de Consequências Morais e Éticas.

Viu-se a todo momento a importância da continuidade no Pensamento Cepeano que manteve viva a chama do Espiritismo Laico na figura da Presidente que deixava o cargo, Jacira da Silva, a quem oferecemos o reconhecimento por oito anos de árduo labor, acompanhada por uma excelente equipe, com a inestimável colaboração de seu esposo, o ilustrado e reconhecido espírita paulista Mauro de Mesquita Spínola.

O novo período que se abre a partir deste Congresso traz novas e jovens propostas impulsionando essa continuidade na CEPA, sob as mãos de José Arroyo, que, com uma equipe porto-riquenha e internacional, apresenta-se com a melhor disposição para continuar a tarefa.

A CEPA, nascida há 78 anos, promoveu e promove a Evolução e a Diversidade em seus processos de condução. Cada equipe que assumiu em cada período lhe legou suas características e enfrentou os desafios de cada época com a segurança de ter sempre vigentes os princípios kardecianos e principalmente os que Kardec deixou bem marcados: o Espiritismo evolucionará com o Conhecimento Humano, sob pena de perecer.

Estamos seguros de que este novo ciclo que se inicia, com a condução de nosso amigo José Arroyo relança a CEPA a uma etapa de consolidação e crescimento. Por isso, desde esta coluna, e com a experiência de conhecer o desafio que representa cada etapa, desejamos a ele manter a sua alegria e seu otimismo, levando-nos ao futuro possível.

No Congresso ficou amplamente demonstrada a capacidade de planejamento e execução, razão suficiente para a tranquilidade quanto ao futuro da CEPA.

Obrigado, José e toda a equipe, pela disposição ao trabalho de divulgação do Espiritismo!


José Arroyo

Coordenador da Comissão Organizadora do Congresso da CEPA – PR 2024, Vice-presidente da CEPA - Associação Espírita Internacional Região América Central, América do Norte e Caribe. Diretor Escola Espírita Allan Kardec.

Tapia y Rivera, Corchado y Juarbe, Capetillo, Derkes, Roqué de Duprey, Belber e muitas outras personalidades da cultura, arte, política, ciência, no campo e na cidade, em Porto Rico, têm algo em comum: são espíritas. Sim, se identificaram, militaram, escreveram ou exemplificaram uma vida de valores, de virtudes, de serviço, de desejos de liberdade, de equidade e de muito mais, sob o estandarte de uma filosofia de vida que hoje podemos dizer que é o maior espiritualismo humanista, livre-pensador e propulsor de um laicismo eticamente centrado.

Esse passado não se perdeu, porque os espíritas ou espiritistas porto-riquenhos seguimos comprometidos conosco mesmos e com nosso território. Claro está, como foi em múltiplas instâncias, romper com o insularismo, com o isolamento e com as gríngolas é importante e valioso. Por isso, hoje, um setor vocal, militante, ativo e público da comunidade espírita de Porto Rico nos envolvemos em iniciativas, coletivos e organizações de caráter internacional. Esse tipo de participação nos amplia a visão, aumenta nossa cultura e nos enriquece, para, dessa maneira, melhor servir a outros.

Como um exemplo claro disso, um grupo de amigas e amigos temos nos voltado à tarefa de manter um vínculo, desde sua fundação, em 1946, com o que foi a Confederação Espírita Pan-Americana (CEPA, em sua sigla). Referida organização, a CEPA, manteve relações internacionais com aqueles espíritas que vemos no Espiritismo um conjunto de ideias, de estudos, de análises que podem ser vividos a partir da laicidade, o progresso, o serviço e a espiritualidade tal como propôs seu fundador, Allan Karde, no Século XIX. No caso daquele que subscreve, teremos o prazer e o privilégio de representarmos, desde a Escola Espírita Allan Kardec, em San Juan, Porto Rico.

Em 2016, a CEPA se reorganizou e decidiu converter-se em CEPA – Associação Espírita Internacional para dar guarida não apenas a grupos espíritas, mas também a indivíduos que se identificam com seus objetivos e propósitos, e que não fossem apenas de fala espanhola ou de âmbito ibero-americano. Neste momento, Porto Rico voltou a ter um papel em seu Conselho Executivo, como ocorrera em várias ocasiões no passado. Agora, em 2024, teremos a responsabilidade e o privilégio de ser anfitriões de um evento de classe mundial. O 24º Congresso da CEPA – Associação Espírita Internacional será celebrado em nosso querido Porto Rico. Esse evento que, nesta edição, reúne pessoas de mais de 10 países, realiza-se a cada 4 anos. Fomos anfitriões em 1957, 1969, 1993 e 2008.

Agora, desfrutando do que a tecnologia nos permite, teremos participação presencial e participação virtual desde distintos pontos do globo. Com esse evento, cuja temática é “Arte, Educação, Cultura e Espírito: o Espiritismo diz presente na experiência humana”, agora Porto Rico veste-se de gala e torna-se novamente vitrine. Esse importante ágape realiza-se de 16 a 19 de maio de 2024 na sede do Colégio de Advogados e Advogadas de Porto Rico

Como uma das atividades pré-congresso que estamos organizando, através da Escola Espírita Allan Kardec, convidamos a vir a Porto Rico o reconhecido acadêmico e intelectual, autor, conferencista e educador, Psicólogo Jon Aizpúrua. Autor de mais de uma dúzia de livros e conferencista em dezenas de países. Graças ao apoio do amigo Roberto Ramos Perea e o auspício do Instituto Alejandro Tapia y Rivera, antes de o Licenciado Aizpúrua se apresentar no Congresso, estará conferenciando no Ateneu Porto-riquenho, na noite de terça-feira, 14 de maio, às 7 h da noite.

É interessante observar que 2 lugares com os quais o movimento espírita porto-riquenho tem tido um vínculo e influência direta, como sejam o Ateneu Porto-riquenho e o Colégio de Advogados e Advogadas de Porto Rico são a sede de uma magna conferência e de um Congresso Internacional. Em nossa linguagem popular/espírita utilizamos a frase “Não há casualidades, mas causalidades”, e essa coincidência de eventos não nos parece casual.

Convidamos a todos os que nos leem a não perderem essas atividades. Para mais informações, sugerimos visitar a página www.2024congreso.com ou poderão nos escrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .

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